Capítulo 25 – Vou te dar algumas instruções.
— Então, qual é o conteúdo do teste?
— …Por agora, apenas me siga — disse a vampira Judite.
Com isso, Judite começou a caminhar, e eu a segui obedientemente.
— Aliás, qual é o seu nome?
— Eu sou Kiska.
— Kiska, hein? Agora que você mencionou, parece que sabe bem o meu nome.
— Bem, ouvi alguns rumores sobre uma vampira que vivia nesse calabouço…
— Entendo. Bom, já moro aqui há bastante tempo, então não é estranho que rumores tenham se espalhado.
Na verdade, ouvi isso da Agetha durante os saltos temporais que vivi, mas preferi guardar essa parte pra mim.
— Kiska, você usou um círculo de teletransporte antes de chegar aqui?
— Sim, usei.
— Você sabia que existem três círculos de teletransporte?
— Sim, estou ciente.
— Nesse caso, a explicação será simples. Esse calabouço tem um design meio peculiar, e a rota que você pode seguir muda dependendo do círculo de teletransporte usado. No entanto, uma vez que pisa em um deles, não pode mais acessar as outras rotas.
Como Judite explicou, a rota realmente mudava bastante dependendo do círculo usado.
A primeira rota levava à Agetha selada, a segunda à vampira Judite, e a terceira à Espada Parasita.
— No entanto, com uma certa tática secreta, é possível acessar outra rota.
Dizendo isso, a vampira Judite colocou a mão sobre a parede. A princípio, parecia uma parede comum, mas na verdade funcionava como uma espécie de interruptor escondido. Quando Judite pressionou, a parede recuou e um novo corredor apareceu.
Eu não fazia ideia de que havia uma passagem secreta assim…
Seguindo por essa passagem, chegamos a um caminho novo. E conforme continuávamos, acabei reconhecendo o lugar.
— Se conseguir controlar a Espada Parasita, considerarei isso como aprovação no teste — disse Judite.
— Controlar…?
Peraí, não entendi.
Já usei essa espada várias vezes, mas nunca consegui controlá-la, nem uma única vez.
— Essa espada tem uma natureza bem traiçoeira. Ela parasita seu portador, e a cada monstro ou humano derrotado, ela cresce e, eventualmente, toma conta da consciência da pessoa. Sinceramente, como ela ataca indiscriminadamente tanto monstros quanto humanos, eu sempre quis me livrar dela. Mas só de tocá-la já dá pra ser parasitado, então não pude arriscar.
— Então… o que você quer que eu faça?
— Depois de ser parasitado por essa espada, supere isso e tome o controle dela.
— Eu… eu sou mesmo capaz de fazer algo assim?
— Provavelmente vai falhar nove em cada dez vezes — disse ela, com uma expressão indiferente.
— Bom, vou te dar algumas instruções — ela completou, mas honestamente eu não achava que conseguiria controlar aquilo.
— Ficou com medo? Infelizmente, você não tem escolha. Se recusar, eu te mato aqui e agora.
Pelo visto, realmente não havia outra opção.
— Não, eu vou fazer. Por favor, me ensine como.
— Hehe, parece que você já está decidido. Então, o método específico: primeiro, segure a lâmina ao invés do cabo.
— Entendido.
Como instruído, segurei a lâmina.
— Ugh…
Imediatamente, uma dor intensa percorreu todo o meu corpo. No entanto, era menos doloroso do que quando segurava pelo cabo. Isso, pelo menos, eu conseguia aguentar.
— E agora, o que faço?
— Engula.
— Hã?
— Olhando pra cima, insira a lâmina suavemente pela ponta até o fundo da sua garganta.
— Ué, se eu fizer isso, não vou morrer?
— Sim, acho que há uma grande chance de morrer. Mas às vezes parece funcionar.
— Uhum…
Soltei um suspiro.
Bom, acho que não tem jeito…
Com determinação, enfiei a Espada Parasita na parte de trás da minha garganta.
E no momento seguinte… minha consciência desapareceu.
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