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Chapter 43: Tem um cheiro perigoso vindo dessa pessoa

Capítulo 43 — Tem um cheiro perigoso vindo dessa pessoa

— Mestre, essa pessoa exala um cheiro perigoso.
— Entendi… tô ligado.

Eu já estava suando frio.

A vampira Judite já tinha me matado várias vezes.
Ela era absurdamente agressiva.
Mas, contanto que eu não fizesse nenhum movimento errado, como aconteceu em outra linha do tempo, dava pra sair vivo.

— Muito prazer em conhecê-la, grande vampira do Clã dos Verdadeiros Ancestrais, Judite-sama.
Disse isso e me curvei respeitosamente.

— Ora ora, parece que você tem pelo menos um pingo de boas maneiras. Posso considerar isso um mérito?

Ela estreitou os olhos enquanto falava.
Acho que consegui causar uma boa impressão.

— Então, o que exatamente está fazendo aqui?
— Tô tentando conquistar essa masmorra.
— E o que é essa coisa que você tá segurando na mão?
— É a Espada Parasita Marionetista.
— Hmm, parece que você tá carregando algo bem perigoso, não é?

Ela disse isso com um olhar agressivo e sacou uma lâmina do próprio pulso.

Isso não é bom.
Parece que a situação vai escalar pra porrada.
Mas, se possível, eu não queria lutar com ela.

— Por favor, espere. Eu controlo a Espada Parasita Marionetista assim, desse jeito, então ela não vai te atacar do nada. Por favor, só... deixa passar essa. Acho que é melhor pra nós dois se evitarmos uma luta.

Tentei convencer ela desesperadamente.
Tomara que ela entendesse.

— Controlar a Marionetista? Não é algo fácil de acreditar.
— Mas... o fato de eu conseguir manter ela nessa forma de espada já não é uma prova de que tô no controle? Eu acho...
— Bom, vou admitir que seu comportamento é bem diferente dos aventureiros que foram possuídos pela Espada Parasita Marionetista antes.

Ela colocou a mão no queixo e pareceu pensar.
Depois de refletir, finalmente disse:

— Muito bem. Vou deixar passar dessa vez.

Soltei um suspiro aliviado.
Fiquei genuinamente feliz de não termos que lutar.

Quando a vampira Judite se afastou, abrindo caminho, eu passei por ela.
E foi nesse momento que algo inesperado aconteceu.

— Essa mulher tá se achando demais. Aposto que tem uma personalidade horrível.

A Marionetista falou alto o suficiente pra Judite ouvir, soltando um comentário extremamente desrespeitoso.

— Tá de sacanagem comigo!?

Assim que falei isso, algo voou na nossa direção.

Clang! Interceptei o objeto com minha espada.
Era uma faca feita de sangue.

— Ih, ela ficou bem brava, né?

A Marionetista deu risada, provocando ainda mais.

— Que espada mal-educada a sua, hein?

A vampira Judite mostrou as presas. Parecia realmente irritada.

— Me desculpa mesmo!!!

Gritei enquanto saía correndo dali.

— Hah... hah... hah...

Tendo conseguido despistar a vampira Judite, eu tentava recuperar o fôlego.

— Aquilo foi divertido, não foi?

A Marionetista parecia estar se divertindo horrores.

— Você, por outro lado... — suspirei, exausto.
Fiquei aliviado de ter escapado, mas não conseguia parar de pensar no que teria acontecido se a luta tivesse rolado de verdade.

— Tá bravo comigo? — perguntou a Marionetista.
— Um pouco — admiti.
— Por quê? Mesmo que uma vampira queira arrumar briga, se eu e o mestre unirmos forças, dá pra acabar com ela rapidinho.

A Marionetista disse isso com total confiança, mas eu ainda tinha minhas dúvidas sobre quem venceria: eu ou a vampira Judite.
Mesmo tendo alguma confiança na vitória, ainda não queria lutar com ela.

— Mesmo assim, não quero brigar com ela.
— Por que não?
— Por quê...? Bem...

Fiquei sem palavras.
Não dava pra dizer que era porque, em outra linha do tempo, eu tinha uma boa relação com ela.

— Vai ver é porque ela é seu tipo — provocou a Marionetista.
— N-Não é nada disso!
— Tá até corado, né?
— Eu não tô corado!

— Hahaha, é tão divertido zoar o mestre.
— Não exagera, tá?
— Tá bom, vou pensar no seu caso.

Enquanto trocávamos essas provocações, seguimos viagem rumo às profundezas da masmorra.

— Tenho quase certeza de que é por aqui...
— O que o mestre tá procurando?
— Deve ter uma sala escondida por aqui.
— E o que tem dentro dessa sala secreta?
— Um item chamado “Cristal da Sabedoria”. Ele concede uma habilidade.

— Uau, o mestre é incrível por saber da existência de uma sala secreta com um item assim!
— Pois é. Você devia me respeitar mais.
— Incrível, incrível, incrível, incrível, incrível. Satisfeito agora?
— Dá pra ver que você não tá falando isso de coração.

O “Cristal da Sabedoria” concede a habilidade “Concessão de Atributo”, embora eu não saiba muito bem como ela funciona.
Ainda assim, vale a pena ter.

Ah, aqui tá o botão secreto.
Ao apertar, ele revela uma passagem que leva até a sala escondida.
Entro e vejo um baú bem no centro da sala.

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Você obteve o “Cristal da Sabedoria”. O efeito será ativado automaticamente.
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Apareceu uma mensagem que eu já tinha visto antes.

— Hã...?

Fiquei surpreso.
E tinha um bom motivo pra isso.

A habilidade que eu tinha ganhado... não era “Concessão de Atributo.”


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