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Chapter 51: Devo confiar na Agetha?

 Capítulo 51 – Devo confiar na Agetha?

Por causa de uma acusação falsa, fui exilado para as profundezas da masmorra. Para alguém como eu, que só tinha trabalhado no campo a vida toda, ser mandado para o fundo de uma masmorra significava morte certa. E não era qualquer masmorra. Era a masmorra de Classe S chamada “Masmorra de Katarov”. Isso reduzia ainda mais minhas chances de sobreviver. Como esperado, assim que entrei na masmorra, fui atacado por monstros e senti a morte se aproximando. Mas, naquele exato momento, alguém estendeu a mão para me ajudar. Uma figura misteriosa surgiu do nada e me concedeu a habilidade “Salvar & Resetar”. Graças a isso, obtive o poder de voltar no tempo depois de morrer.

A partir daí, morri inúmeras vezes. Por volta da tentativa número 560, aconteceu uma virada. Usando a Espada Parasita Marionetista contra o chefe da masmorra, consegui derrotá-lo, escapar dali e ganhei a chance de me vingar dos aldeões que me acusaram injustamente. No entanto, a marionetista, tomada pelo desespero por não conseguir se tornar humana, escolheu tirar a própria vida. E eu, então, decidi morrer e resetar mais uma vez.

Na tentativa número 570, cheguei a um beco sem saída. Em outras linhas do tempo, a marionetista permanecia na forma de espada dentro da masmorra. Lidando bem com ela, eu conseguia conquistar a masmorra. Mas, por alguma razão desconhecida, não importava quantas vezes eu voltasse no tempo, a marionetista começou a aparecer na minha frente como uma entidade monstruosa. E como resultado, acabei sendo devorado por ela repetidas vezes.

— Droga, o que eu faço agora?

Na situação atual, sem poder usar a habilidade da Espada Parasita Marionetista, eu não tenho a menor ideia de como conquistar a masmorra. Bom, se eu continuar tentando, talvez descubra uma forma de vencê-la mesmo sem a marionetista comigo. Mas isso seria inútil. Meu objetivo agora não é mais conquistar a masmorra — é transformar a marionetista em uma humana.

— Será que devo confiar na vampira Judite?

Talvez ela saiba algo sobre como transformar a marionetista em humana. Então, se eu entrar em contato com ela... Não, se eu entrar em contato com ela, há uma chance de que a Agetha volte a se mover. A lembrança de quando Agetha apareceu do nada e matou a Judite assim que falei com ela ainda me assombra. Parece que Agetha realmente odeia que eu me aproxime da vampira Judite.

— Nesse caso, será que devo confiar na Agetha?

Na última vez que tentei quebrar o selo da Agetha, lembro de ter sido morto sem nem uma palavra. Só de pensar nisso, me dá arrepios e me faz querer manter distância.

— Mas também não posso simplesmente ficar parado.

Com isso em mente, caminhei direto até meu destino.

— Achei.

Quando cheguei ao primeiro portão de teletransporte, havia uma garota selada ali. Ela dormia dentro de uma barreira, com o corpo preso por correntes feitas de luz. Não importava quantas vezes eu visse aquela cena, sempre achava bonito o jeito como ela parecia estar selada ali dentro.

— Da última vez eu quebrei essa barreira com facilidade...

Murmurei enquanto tocava a barreira. De repente, ela rachou, e com um som parecido com vidro estilhaçando, começou a se despedaçar. Com isso, o selo dela foi quebrado. Ao mesmo tempo, dei um grande passo para trás, mantendo distância.

— Hmmm...

Agetha soltou um suspiro enquanto abria os olhos lentamente.

— Quem...?

Essa foi a primeira coisa que ela disse. Eu não pude evitar arregalar os olhos.

— Não se lembra de mim?

Apesar de já ter encontrado ela em várias linhas do tempo, suas ações deixavam claro que ela conservava memórias de diferentes linhas temporais, assim como eu. Então, achei que seria natural ela lembrar de mim.

— Já nos vimos antes? Se sim, me desculpe. Não consigo me lembrar de você. Não me lembro mesmo.

— Bom, se você não lembra, tudo bem.

Falei, aliviado. Se ela não se lembrava dos eventos passados, talvez isso fosse até conveniente.

— Hm, sei que pode parecer estranho pedir isso pra alguém que acabei de conhecer, mas posso te fazer uma pergunta?

— Ah, claro. Fica à vontade.

Assenti com a cabeça, e ela respondeu “Obrigada” antes de continuar.

— Por acaso você sabe quem eu sou?

— ...Hã?

Demorei alguns segundos para entender o que ela estava dizendo.


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