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Chapter 53: Encontrando a vampira Judite

Capítulo 53 — Encontrando a vampira Judite

Tendo decidido contar com a ajuda da Vampira Judite, continuei explorando a masmorra com a Agetha.

— Agetha, consegue ficar quietinha por um tempo aqui? — perguntei.

— Claro, entendi.

Agetha assentiu e se encostou na parede, tentando se esconder.

Ao virarmos o corredor, havia um lobisomem rondando por ali.

Isso vai ser complicado. Se não conseguirmos passar por esse monstro, não vamos conseguir chegar até a Vampira Judite.

Minha única habilidade no momento é “Provocação”, e eu tô sem armas. Nessas condições, até enfrentar um único monstro é difícil. Agetha tá com amnésia, então também não tá em condição de lutar.

Talvez esse seja um beco sem saída...

Espera… pode ser que tenha um jeito. Pensei em uma boa ideia e falei logo com a Agetha.

— Ei, Ageha, você consegue usar a “Caixa de Itens”?

Lembrei que, da outra vez em que a gente enfrentou a masmorra juntos, ela tinha usado essa habilidade.

— Hã? “Caixa de Itens”? O que é isso…?

— É uma habilidade sua, Agetha. Com ela, dá pra guardar livremente várias armas e comidas.

Mesmo tendo perdido a memória, ela não devia ter perdido as habilidades. Com isso em mente, tentei convencê-la.

— Ahm… espera. Ahm, ahm… seria isso aqui?

De repente, Agetha fez surgir um círculo mágico flutuando na frente dela.

É isso mesmo. Lembrei que, da outra vez, aconteceu algo parecido quando ela usou a “Caixa de Itens”.

— Tem alguma arma aí dentro? Uma espada cairia bem agora.

— Hm… deixa eu ver. Seria essa?

Enquanto dizia isso, Agetha puxou de dentro da “Caixa de Itens” uma espadona brilhante, azul-clara.

Lembrei que a Ageha já tinha usado essa espada antes.

— Você pode me emprestar essa espada?

— Claro, sem problema.

— Obrigado.

Recebi a espada das mãos da Agetha.

Ela é bem pesada.

Mas, por algum motivo, só de segurá-la, senti uma energia brotar de dentro de mim.

Beleza… com uma espada em mãos, talvez eu consiga derrotar os monstros. Ainda tô um pouco inseguro, já que não adquiri a habilidade de “Esgrima”, mas vou dar o meu melhor.

— Agetha, fica escondida aí por um tempo, tá?

— Tudo bem, entendi.

Assim que ela concordou, saltei para o corredor com determinação.

— Ei, seu monstrinho! Vem pra cima!

Usei “Provocação” no lobisomem.

— Raaawr!

O lobisomem, furioso, rugiu e partiu pra cima sem hesitar.

Beleza, consegui atrair o ataque dele.

Agora, é só contra-atacar!

Com um movimento rápido, a espadona cortou o corpo do lobisomem em linha reta.

— Hã?

Fiquei surpreso por ter derrotado ele com um único golpe.

Isso não foi mérito meu. Provavelmente, tudo graças a essa espada.

— Incrível! Incrível! Kiska, você é incrível! Derrotar um monstro forte desses tão fácil assim! — Agetha veio correndo, toda empolgada.

— Não fui eu. Foi tudo graças à sua espada, Agetha. Não é meu poder.

— Não é verdade! Foi sim! Derrotar ele com tanta facilidade... Kiska, você é mesmo confiável.

Dei uma risadinha com esse elogio inesperado da Agetha.

Mas sério… não foi mérito meu mesmo.

Encontramos mais alguns monstros depois disso, mas, graças à espada da Agetha, conseguimos vencê-los sem esforço.

— Acho que era por aqui…

— Tá procurando o quê?

— Ah, deve ter uma alavanca por aqui que abre uma passagem secreta.

Enquanto pensava nisso, senti algo como um botão sendo pressionado. De repente, uma parede que parecia comum se abriu com um estrondo, revelando um corredor escondido.

— Uau, Kiska. Você até sabe onde ficam as passagens secretas. Que sabichão!

— É… — respondi meio sem jeito ao elogio da Agetha. Na verdade, eu só sabia disso porque a Vampira Judite me contou antes, então nem considerei um mérito meu.

— Agetha, agora a gente vai encontrar uma pessoa, mas tem uma coisa que eu preciso te alertar antes.

— Algo pra tomar cuidado?

— É. Essa pessoa tem um temperamento bem... instável. Se irritarmos ela, podemos acabar mortos sem cerimônia.

— Hã… a gente precisa mesmo encontrar alguém assim?

— Sim, mas ela tem muito conhecimento. Se a gente agir direitinho, ela pode nos ajudar.

— Entendi. Eu confio em você, Kiska.

Mesmo com uma expressão meio preocupada, Agetha concordou. Parecia que ela confiava totalmente em mim. Às vezes, fico meio preocupado com o fato de ela confiar tão facilmente nas pessoas e acabar sendo enganada no futuro… mas, por ora, fiquei grato por ela me seguir sem questionar.

— Então, o que eu faço quando a gente encontrar essa pessoa assustadora?

— Ah, Agetha, é só ficar quietinha. No geral, eu resolvo.

Expliquei os cuidados pra encontrar a Vampira Judite.

— Hehe.

— Hã? Por que esse sorrisinho?

Como eu tinha acabado de falar sobre uma pessoa assustadora, achei estranho ela estar sorrindo.

— É que… Kiska, eu fico tão feliz de estar com você, que acabei sorrindo sem querer. Se te incomodar, me desculpa.

— Não, só fiquei curioso mesmo. Não precisa se desculpar.

Bom… acho que é melhor isso do que ficar nervosa demais.

Depois disso, seguimos andando até o local onde a Vampira Judite provavelmente estaria.

No caminho, enfrentamos alguns monstros, mas com a espada da Agetha, derrotamos todos sem problema.

Acho que era por aqui.

Enquanto pensava nisso, vi uma silhueta ao longe.

Ah… seria a Vampira Judite?

Senti um leve nervosismo.

A Vampira Judite era conhecida por atacar sem hesitar se você fizesse uma saudação errada. No entanto, eu já tinha encontrado a Judite várias vezes em diferentes linhas do tempo, então deveria ficar tudo bem.

— Agetha, espera aqui, tá?

— Okay.

Sussurrei para a Agetha, garantindo que Judite não escutasse, e fui até onde ela estava.

— Grande e nobre Vampira Judite-sama, é um prazer conhecê-la.

Me ajoelhei e curvei a cabeça em reverência.

Se eu a cumprimentasse com toda a formalidade, ela deveria responder da mesma forma.

Esperei pela resposta.

Continuei esperando, mas… nada.

Estranho. Em todos os nossos encontros anteriores, ela sempre respondia.

Ao pensar nisso, levantei a cabeça só um pouquinho.

— Ei.

Era a voz da Agetha.

Inacreditável. Ela tinha passado por mim e estava parada ao lado da Vampira Judite.

Senti uma vontade imensa de gritar: “Ei, o que você tá fazendo?!” — mas, se eu fizesse isso, a Judite podia se irritar e nos matar. Não, talvez ainda houvesse uma forma de contornar a situação.

Por enquanto, melhor me desculpar pela grosseria e pensar numa desculpa. Porém, antes que eu pudesse dizer “Me desculpe pela falta de respeito”, minhas palavras foram abafadas pela voz da Agetha.

E o que ela disse me chocou.

— Essa pessoa já está morta.

Sim… a Vampira Judite já estava morta.


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