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Chapter 54: Me elogie!

 Capítulo 54 — Me elogie!

Era evidente para qualquer um que a Vampira Judite estava morta. Seu corpo continuava sentado na cadeira, mas sua cabeça havia se separado do pescoço e jazia em pedaços no chão. Era uma cena horrível.

Eu tinha seguido o conselho de não abaixar a cabeça nem fazer contato visual ao interagir pela primeira vez com a Vampira Judite, o que acabou fazendo com que eu só percebesse sua morte um pouco depois.

— Parece que ela foi assassinada por alguém…

Comentou Agetha enquanto olhava para o cadáver. Ela franziu a testa como se tivesse visto algo que preferia não ter visto. Ninguém gostaria de ver um corpo brutalmente morto.

— É…

Era improvável que Judite tivesse sido morta por um monstro do calabouço. Um dos motivos era que ela era mais forte que a maioria dos monstros. Além disso, o corte em seu corpo estava limpo demais, como se tivesse sido feito por uma lâmina.

Além disso, considerando que seu corpo ainda estava sentado na cadeira, era bem provável que ela nem tenha percebido a presença do inimigo até o último instante.

Isso significava que quem a matou tinha força suficiente para eliminar a Vampira Judite com facilidade.

Mas quem poderia ser? Pensei. Ainda assim, não conseguia imaginar nenhum suspeito possível.

Primeiro, a Agetha estava comigo o tempo todo, então era impossível que fosse ela. O Monstro Marionetista da Espada Parasitária era enorme. Se uma criatura daquele tamanho tivesse se aproximado, Judite teria notado. Mesmo que ela fosse ser morta, teria sido ainda de pé.

Será que existia outro ser neste calabouço capaz de enfrentar a Vampira Judite? Eu já tinha explorado esse calabouço várias vezes, e não lembrava de ter encontrado nenhuma entidade assim.

— Ei, Kiska. E agora, o que a gente faz?

Agetha perguntou com um tom apreensivo.

— Bom, por ora, é melhor a gente pensar em sair do calabouço — respondi.

Agora que não podíamos mais contar com a Judite, a única opção era escapar por conta própria. Seria mais eficiente procurar uma forma de transformar o Marionetista da Espada Parasitária em humano fora do calabouço.

O maior problema era a possibilidade de quem atacou a Judite vir atrás da gente. O mais assustador era que a gente nem fazia ideia das motivações desse assassino. Se fosse um maníaco sádico, talvez nem precisasse de motivo algum para mirar em nós. Afinal, ele matou a Judite com facilidade, o que indicava que era absurdamente forte.

Se a gente entrasse em confronto direto, sem dúvida, morreríamos.

Depois disso, Agetha e eu trabalhamos em silêncio para nos fortalecer e continuar a conquista do calabouço.

Primeiro, adquiri a habilidade "Esgrima" numa sala secreta onde se podia obter o "Cristal da Sabedoria". Depois, usamos outra sala oculta que continha a Armadura Viva Dourada, o que me permitiu conseguir uma boa quantidade de pontos de habilidade.

Embora eu já não tivesse mais o Marionetista da Espada Parasitária, que havia sido muito útil nas conquistas anteriores, a nova espadona da Agetha era fácil de manejar, e conseguimos limpar a sala da Armadura Viva Dourada com sucesso.

— Hm, Kiska, eu queria te pedir um favor. Pode ser?
— Um favor? O que é?
— Eu quero lutar ao seu lado, Kiska!

Agetha declarou. Talvez estivesse se sentindo mal por ter deixado tudo nas minhas costas até agora.

— É mesmo? Então, vamos lutar juntos.
— Hã? Tá falando sério?

Agetha ficou surpresa, como se não esperasse que eu fosse aceitar.

— Por que a surpresa?
— Achei que você fosse dizer não.

Bom, se a Agetha fosse só uma garota comum, provavelmente eu teria recusado. Mas considerando sua verdadeira identidade como heroína, ela era muito mais forte do que eu. Se ela estava disposta a lutar ao meu lado, isso seria uma força e tanto.

— Nesse caso, vamos começar seu treinamento, Agetha.
— Pode mandar ver! Tô pronta!

Ela assentiu com energia.

— Olha, Kiska! Eu derrotei um monstro!

Agetha comemorava diante da criatura caída.

Eu a observava, admirado. Mesmo tendo perdido a memória, o corpo dela parecia lembrar como se lutava. Ela derrotava os monstros com facilidade. De fato, ela era como uma verdadeira heroína. Seus movimentos eram mais refinados que os meus.

— Ei, Kiska, me elogia!
— Muito bem, muito bem.

Falei enquanto afagava a cabeça dela. Seu rosto se suavizou com o carinho.

Aliás, eu tinha devolvido a espadona que tinha pegado emprestada da Agetha, e agora ela estava usando de novo. Em troca, eu usava uma espada de uma mão que peguei da Armadura Viva Dourada.

— Beleza, vamos seguir em frente assim.
— É!

Com a Agetha lutando ao meu lado, nossa força de combate tinha dobrado. Nosso relacionamento também estava indo muito bem. Com esse embalo, cheguei até a pensar que poderíamos derrotar o chefe do calabouço. Naquele momento, eu estava sendo otimista demais.


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