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Chapter 56: Quem estava lá

 Capítulo 56 – Quem estava lá

— Certo, vou abrir a porta. Pronta?

— Sim!

Parecendo um pouco nervosa, a resposta da Agetha mal pôde ser ouvida.

Fiz uma checagem final na minha mente.

Eu havia elevado minhas habilidades “Esgrima” e “Provocação” para o nível 3. Como “Voto” era uma habilidade sem níveis, continuava inalterada.

Meu equipamento era uma espada de uma mão obtida do Armadura Viva Dourada. Era bem fácil de manusear. Também tinha passado uma estratégia vencedora para Agetha.

Beleza, não refiz nada dessa vez.

— Vamos, Agetha.

Dizendo isso, abri a porta.

Kugoooooo!

Ouvi o grito do monstro.

Era o Grande Centopeia Rumoahz, um monstro de rank S, uma centopeia gigante com veneno poderoso. Tudo bem, eu já derrotei esse monstro uma vez. Então, devo conseguir derrotá-lo de novo.

— Agetha, cuidado com o veneno que esse monstro solta.

— Pode deixar!

Depois da resposta dela, Agetha saltou para longe de mim, exatamente como tínhamos combinado.

— Ei, seu monstro! Vamos dançar!

Kshaaaaaa!

Rumoahz, a centopeia gigante sob o efeito da “Provocação”, avançou contra mim, e eu desviei o ataque com minha espada.

— Entendi… você é resistente, hein?

As escamas de Rumoahz eram duras como aço. Por causa disso, minhas tentativas de cortá-lo com a espada foram inúteis, os golpes simplesmente ricocheteavam. Mas eu não podia me deixar intimidar.

— Esse nível de desafio não me impressiona!

Usei “Provocação” de novo e desviei mais uma investida do Rumoahz com a espada. O choque produziu sons metálicos repetidos.

Então, de repente, Rumoahz lançou algo contra mim.

— Ah!

O que ele lançou foi veneno. Tentei interceptar com a espada, garantindo que não encostasse no meu corpo. Mas a espada que tocou o veneno não resistiu. Assim como quando encostou em Magna, ela derreteu rapidamente com um som de fssssss.

Isso era ruim. Perdi minha arma.

— Kiska!

Agetha gritou, os olhos cheios de preocupação. Cada parte do corpo dela parecia querer correr e me ajudar imediatamente.

— Agetha, não venha até mim!

Falei aquilo pra impedi-la.

— Mas...!

— Confia em mim! É por isso que você precisa fazer o que combinamos!

Dizendo isso, Agetha mordeu o lábio inferior e assentiu.

Para derrotar Rumoahz, a centopeia gigante, não era a hora certa para Agetha entrar na luta. Eu entendia os sentimentos dela, mas por enquanto, ela precisava esperar.

— Ei, se quer me matar, então mira direito!

Usei “Provocação” mais uma vez para desviar a atenção de Rumoahz. Doía ter perdido minha arma, mas agora, tudo o que eu precisava era evitar os ataques.

Kshaaaaa!

Depois disso, continuei esquivando dos ataques do Rumoahz sem parar. Esquivando, esquivando de novo, até que, durante uma das investidas que consegui evitar...

— Kiska, desculpa pela demora!

A voz da Agetha ecoou.

— Vai com tudo, Agetha!

Incentivei com toda minha força.

Eu tinha ensinado a ela uma técnica que ela já tinha me mostrado antes, mesmo tendo perdido a memória. Essa técnica levava um tempo pra ser ativada. Então eu mantive o monstro ocupado, desviando dos ataques, enquanto ela se preparava.

O nome da técnica era...

— Técnica da Espada Sagrada: Matadora de Dragões!

Era um golpe final capaz de enterrar qualquer inimigo de uma vez só. Com um brilho intenso, ela avançou em linha reta, cortando tudo em seu caminho. No momento em que sua grande espada tocou as escamas duras do Rumoahz, elas foram cortadas sem esforço.

Kugoo!

Rumoahz soltou um último gemido, perdeu as forças e caiu.

Ao mesmo tempo, Agetha soltou um “uffa” e relaxou. Não havia mais nada em seu caminho.

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Monstro derrotado confirmado.
Você ganhou pontos de habilidade.
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Senti uma sensação de dever cumprido quando a janela de mensagem apareceu confirmando a derrota.

— Agetha, você conseguiu!

Com alegria, me virei pra ela.

— Fue...

Por algum motivo, lágrimas surgiram nos olhos dela.

— Ei, o que foi? Chorar numa hora dessas não é normal, hein.

Fiquei confuso, sem entender o porquê das lágrimas.

— Bem… Quando senti aquele alívio de repente, as lágrimas só começaram a cair. É porque estou tão feliz por ter conseguido te ajudar... Então são lágrimas de felicidade. Mas isso é estranho?

— Não, não é estranho nem um pouco.

Saber que não era tristeza me deixou aliviado.

— Hehe… hum… posso pedir aquela coisa de sempre?

— Claro.

Dizendo isso, acariciei a cabeça dela com carinho.

— Você foi incrível, Agetha.

— É! Eu dei meu melhor!

Disse ela, sorrindo.

Achei aquele sorriso lindo.

Queria proteger aquele sorriso dela. Acho que me apeguei bastante a ela depois de conquistarmos a masmorra juntos. Me considerei uma pessoa bem simples, pensando de forma objetiva.

— Ah, Kiska, tem uma espada ali!

De repente, como ela disse, uma espada estava cravada no chão. Era uma espada com lâmina vermelha — a “Espada Flamejante”.

Me lembrei de ter conseguido uma igual como recompensa por completar a Masmorra de Katarov, quando derrotamos o chefe junto com a Marionetista.

— Tem certeza de que quer que eu use essa espada?

Perguntei enquanto Agetha tentava me entregar a espada.

— Tenho sim! Eu tenho essa espadona aqui, e acho que essa é melhor pra você, Kiska.

— Nesse caso, aceito com gratidão.

— Oh, o que é aquela luz ali?

Agetha apontou, e havia um círculo de teletransporte brilhando no chão. Provavelmente apareceu depois de derrotarmos o chefe.

— É um círculo de teletransporte. Se você tocar, dá pra “sair” da masmorra.

— Sério!? Vamos, Kiska!

— É, vamos sim.

Agetha parecia mais animada que o normal. Bem, ela tinha acabado de derrotar um chefe difícil, então era natural estar de bom humor.

Enquanto pensava nisso e me preparava pra seguir Agetha, ouvi um som cortante no ar.

E também ouvi o som de sangue espirrando.

— ―Hã?

Agetha disse isso enquanto olhava pro próprio braço. O braço direito dela estava faltando a partir do meio.

Ahahhhhhhhhh!

Um segundo depois, Agetha gritou de dor intensa.

— Ei, Agetha!?

O que acabou de acontecer? Eu não fazia ideia. Só sabia que algo tinha cortado o braço direito da Agetha fora.

Eu precisava ajudar Agetha — era a única coisa na minha mente enquanto estendia a mão pra ela.

Thud! Senti um impacto forte percorrer meu corpo.

— Argh!

Gemei, rolando no chão. Percebi que alguém tinha me chutado. Havia uma terceira pessoa presente ali, alguém além de mim e da Agetha — e essa pessoa estava nos atacando.

— Quem é você...!?

Gritei enquanto me virava pra ver quem era.

E lá estava, diante de mim...

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